DOS JORNAIS DE HOJE: A situação da economia brasileira já começa a ser tratada nas manchetes como "delicada". Diante do forte apoio que a imprensa concedeu à agenda econômica desse governo, é difícil ter certeza sobre a exatidão da gravidade do problema. Afinal, a informação dos grandes jornais brasileiros nunca foi lá muito precisa. Sempre variou e continua variando de acordo com os interesses comerciais e políticos de seus proprietários.
Se na economia não se pode ter certeza sobre qual é o real controle da situação, no meio ambiente, o desmonte é total. O Estadão anuncia que o foi zerada a verba de combate à mudança climática. Também falando sobre retrocessos, a Folha informa que a expressão "violência obstétrica" foi vetada pelo Ministério da Saúde.
Entre um retrocesso e outro, os conflitos internos no governo continuam. Os jornais repercutem a briga entre militares e olavistas. Enquanto Jair Bolsonaro nega qualquer briga, por mais que ela seja pública, o ex-comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, concede entrevista ao Estadão e faz duras críticas a Olavo de Carvalho.
Já a Folha de S. Paulo publica entrevista com uma socióloga gaúcha que investigou o que o jornal chama de mudança do lulismo para o bolsonarismo nas periferias gaúchas. A pesquisadora afirma que a análise trata de uma realidade bem específica, mas que pode servir de exemplo para outras regiões.